quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fórum em São Paulo discute violência doméstica



Foto: boogy_man 


A secretaria de Políticas para Mulheres divulgou números preocupantes em relação à violência contra a mulher nas últimas décadas. Entre 1980 e 2010, foram assassinadas 91 mil mulheres no Brasil. Nesse período, houve um aumento de 217,6% no número de assassinatos de mulheres.
Mesmo que cenas de agressão a mulheres seja extremamente revoltanta, ainda é bastante comum. Seis em cada dez brasileiros conhece alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.
No dia 22 de outubro, São Paulo será palco de um Fórum que irá discutir a violência doméstica. As causas e as consequências das agressões serão abordadas, assim como o levantamento de possíveis soluções para o problema no Brasil.
A organização do evento está por conta de instituições como o Movimento Mulheres da Verdade e o Projeto Paz no Lar.

Fórum: "As causas e as consequências da violência doméstica para a sociedade em geral"
Data: 22 de outubro de 2012.
Horário: 19h30
Local: Universidade Anhembi Morumbi / Campus Vila Olímpia - Rua Casa do Ator, 275
Informações: www.paznolar.org.br/site

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Adeus, Hebe


No sábado partiu uma das grandes estrelas da TV Brasileira. Hebe Camargo foi embora deixando para trás milhares de fãs, de adoradores do seu jeito descontraído, irreverente, de quem sonhou ser como Dercy Gonçalvez.
Deixamos aqui nossa singela homenagem e o Adeus, com a transcrição de alguns trechos da coluna de Salomão Schvartzman, hoje pela manhã na Rádio BandNews.


Sidney Oliveira e Hebe Camargo


“Sabia que isso poderia acontecer, mas não assim, de repente. A princípio, não consegui articular uma palavra sequer. Conhecia Hebe fazia tempo. Participei de muitos momentos felizes com Hebe e seu marido, Lélio Ravagnani, em sua casa. Desde o início do namoro, quando o próprio Lélio me contou como conheceu a loura, como ele se referia a ela carinhosamente. Sua voz rouca, e mais tarde a própria Hebe imitando o jeito grosso de sua fala, ríamos todos. Hebe cantava imitando a voz de Lélio a canção que ele mesmo cantou pra ela. “Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar” Mas Lélio não sabia o resto da letra de Tom Jobim, e balbuciava o nãnãnãnãnã. Imagine isso, Hebe imitando a voz rouca do marido com toda a sua jovem vida, gargalhando sua alegria de viver. De repente, uma briga durante o namoro. Lélio era ciumento. Telefonou e pediu ajuda para recompor a união. Em uma noite nós fomos, eu e a Ana, convencer Hebe, que morava na rua Petrópolis – Sumaré, da paixão de Lélio. Eles voltaram sim. E ficaram juntos e felizes por 27 anos, até a morte dele no ano 2000." 

"Ela nasceu para a TV, junto com a TV, em 1950, e dois dias antes de morrer estava toda animada, compensando a fraqueza de uma doença implacável, com a perspectiva de retornar com o seu programa incomum para o SBT do seu amigo Sílvio Santos. Já tinha até assinado o contrato como a nova estrela do SBT. Sim, nova. Sempre renovada, de bem com a vida, linda de viver, mesmo que a vida estivesse pendurada por um fiapo. Sim, sim, sabia." 

"No velório do Palácio do Governo, e diante de poucos paulistas, foi o próprio Sílvio que protagonizou o momento inusitado da longa madrugada. Aproximou-se da amiga, que estava impecável nos cabelos e na maquiagem, com a fisionomia serena de quem parecia dormir, e lhe deu um selinho nos lábios. O Selinho, que era marca registrada da iconografia que cerca o mito Hebe Camargo. Mas quem tem noção do material que são feitos Sílvio e Hebe, viu naquele beijo não o último beijo, mas a reedição do beijo de ‘Bela Adormecida’. Hebe levantou-se, linda de viver, como ela mesma costumava dizer, e fomos felizes para sempre.”


A coluna inteira pode ser ouvida no link da BandNews: http://bandnewsfm.band.com.br/Colunista.aspx?COD=102